sábado, 19 de março de 2011

Taça AXP 2011 - 4ª ronda

O nosso jogo da 4ª ronda da Taça AXP, foi adiado para ontem à noite, porque no sábado, data anteriormente marcada, tínhamos a Final Distrital de Jovens. A solução que encontramos foi fazermos o jogo na nossa sede, mas com o primeiro tabuleiro a jogar de pretas. Defrontamos os detentores da Taça, mas prometíamos dar luta.

Moto Clube do Porto A  3 - 1 AC Alfenense A

Luís Araújo (1941)  1/2 - 1/2  Francisco Assunção (1506)
Nuno Sousa (1978)  1 - 0  Hugo Soares (1573)
António Matos (1650)  1 - 0  António B. Pintor (1499)
António Mendes (1546)  1/2 - 1/2  José Pintor (1397) 


Parti para este jogo sem grande abertura preparada. Pensei jogar a eslava, talvez inspirado pelas recentes performances de Levon Aronian em Amber, mas não gostei e decidi ir em busca da Blumenfeld. Mas quando vi 4. Nc3, pensei, desta não estava à espera. E agora? Estive 10 minutos em busca do melhor plano. E a minha decisão foi partir em busca da defesa Hedgehog, que em inglês significa porco-espinho. Tudo porque apesar de ser muito, mas mesmo muito, passiva, é extremamente sólida e as pretas não têm nenhuma fraqueza. Magnus Carlsen, uma vez por outra, joga este tipo de sistema. A abertura não me trouxe problemas. A parte má foi que tive dificuldades em desenvolver o meu bispo das casas brancas, e quando fiquei a perder um peão por uma táctica que se me escapou a lance 20, o bispo ainda estava por desenvolver.
Apesar de ter logo entrado numa posição asfixiante, consegui trocar as torres e a dama e parti para um final que não era fácil, tanto para eu empatar, como para as brancas ganhar. A partir de 34. a5! passo de +1.5, que era a vantagem após 20. Nd5, para +0.6 e as brancas deram o sintoma que as coisas não corriam bem após o 36. Kg2. A partir daqui não cometi mais erros e aguentei-me bem garantindo o empate numa posição em que ainda tinha um peão a menos. De alguma forma comparo este final ao que joguei com o Nuno Andrade no Apuramento para a Final de Jovens. Nesse jogo tinha empate graças a uma barreira que conseguia formar e que impedia o avanço do rei inimigo, aqui usei essa técnica para segurar o empate. O que não vale aprender com os erros...
Nos outros jogos, o poderio do nosso adversário prevaleceu. O meu jogo foi o primeiro a acabar. Pouco depois, o valor da peça mais forte das pretas na benoni, o bispo das casas pretas, prevaleceu perante Hugo Soares que chegou a um final com uma peça a menos. José Pintor teve em vantagem desde o início, com um brilhante sacríficio de torre. Contudo, a fraca mobilidade das suas peças foi a receita para se ter deixado empatar ao fim de mais de 80 lances. António B. Pintor, com queixas de dores de cabeça, conseguiu uma posição dinâmica bem cedo. No entanto, com um lance arriscado, perdeu uma peça, e a partir daí o seu ataque perdeu força. O resultado foi justo, mas parece-me que com a equipa sem dores de cabeça e mais atenta poderíamos ter conseguido uma surpresa. O balanço final da nossa participação na Taça AXP é muito positivo, com a histórica chegada à 4ª ronda. Vejam a reportagem fotográfica de Juliana Chiu aqui. No próximo fim-de-semana temos jornada dupla na 3ª Divisão, com as 2 últimas jornadas.

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