A minha equipa foi constituída da seguinte forma: AC Alfenense A: José Pintor, António Abranches Pintor, Francisco Assunção e António Bastos Pintor.
1ª Jornada - AC Alfenense A (7) 4-0 AP Vila d' Este B (15)
Neste jogo pouco há para contar. Joguei com a jovem Mafalda Oliveira, que tem a particularidade de ter um dos elos mais baixos do país (915). A diferença era notória, e vencemos com naturalidade.
2ª Jornada - GD Dias Ferreira A (2) 4-0 AC Alfenense A (7)
Daniel Quintã 1-0 José Pintor
Fernando Nora 1-0 António A. Pintor
Henish Balu 1-0 Francisco Assunção
Nuno Andrade 1-0 António B. Pintor
Neste jogo acabei por ser vítima de um ataque severo ao meu roque numa siciliana dragão de roques em lados opostos. O meu ataque do lado da dama foi nulo, porque não encontrei tempo na minha defesa para isso.
3ª Jornada - AC Alfenense A (7) 1.5-2.5 Pontex A (8)
José Pintor 0-1 André Costa
António A. Pintor 1/2-1/2 André Martins
Francisco Assunção 1-0 Jean-Jacques Costa
António B. Pintor 0-1 Paulo Topa
Neste jogo, o meu adversário usou a defesa siciliana e eu respondi com a variante Alapin (2.c3). O jogo prosseguiu equilibrado, mas sempre com iniciativa das brancas. Até que chegámos à seguinte posição.
O meu adversário atrasou o roque e jogou ...f6? isto é um erro porque levou a Qh5+ Kf8 Ng6+ ganhando a torre. A alternativa g6 levava naturalmente a Nxg6. A partir daqui controlei e o meu adversário não demorou a desistir. Neste encontro extraiu-se um resultado pouco positivo, por alguma certa falta de inspiração dos meus companheiros. Contudo, num outro jogo, numa outra situação de maior atenção, teriam capacidade para vencer esta equipa do Pontex A por boa margem.
4ª Jornada - GD Dias Ferreira B (5) 1-3 AC Alfenense (7)
Pedro Mendes 1/2-1/2 José Pintor
Miguel Simões 1/2-1/2 António A. Pintor
Hugo Vilela 0-1 Francisco Assunção
Rui Silva 0-1 António B. Pintor
Neste jogo respondi à abertura d4 com a defesa Grunfeld (1.d4 Nf6 2.c4 g6 3.Nc3 d5). O jogo prosseguiu sempre com iniciativa por parte das pretas. Mesmo assim, as brancas foram conseguindo trocar peças até que chegámos a esta posição.
Aqui as pretas parecem em vantagem por terem dois peões passados. Mas aqui as brancas cometeram um erro ao jogarem Bf6-e7?. Aqui as pretas podem responder com c4 ameaçando o bispo e a torre. O meu adversário respondeu com Re3 e eu ganhei o bispo em e7. A partir daí a vitória foi fácil.
5ª Jornada - Moto Clube do Porto B (6) 1-3 AC Alfenense (7)
Aníbal Nogueira 1-0 José Pintor
Diana Nogueira 0-1 António A. Pintor
João Luís Martins 0-1 Francisco Assunção
Inês Messeder Ferreira 0-1 António B. Pintor
No meu jogo usei a defesa escandinava (1. e4 d5). O meu adversário, pouco acostumado a esta abertura, jogou 2.Nc3?! deixando-me jogar d4. Assim fui liderando em termos de desenvolvimento até que se chegou à seguinte posição.
Aqui aventurei-me com Nb4. Assim ofereci o peão de e5 em troca de múltiplas hipóteses de ataque. Na minha cabeça estava algo do género Nb4 Nxe5 Bd6 Bf4 Ra2 com hipóteses de ataque. Mesmo assim naquela altura teria mais tempo para pensar no melhor ponderando a ideia Qb8 por exemplo. O problema foi que o meu adversário jogou Nxe5, eu respondi com Bd6 e o meu adversário jogou Nf3?? levando a um mate interessante com Nxd3#.
A equipa parecia assim bem embalada e recuperada da derrota amarga perante o Pontex A.
6ª Jornada - AC Alfenense A (7) 1-3 Moto Clube do Porto A (1)
José Pintor 0-1 Nuno Sousa
António A. Pintor 0-1 Luís Araújo
Francisco Assunção 0-1 Emanuel Sousa
António B. Pintor 1-0 Nuno Messeder Ferreira
Chegámos surpreendentemente a jogar na primeira mesa com os líderes o que nos dificultou a tarefa. Este jogo foi emocionante e bem disputado da primeira à última peça jogada. O meu adversário usou a moderna defesa Petrov (1.e4 e5 2.Nf3 Nf6). Motivado pelo facto de sentir que não tinha nada a perder neste jogo, decidi arriscar e a verdadeira guerra começou nesta posição.
Aqui arrisquei e joguei Bxh6. Pareceu-me uma opção interessante uma vez que imaginava boas hipóteses de ataque que se vieram a confirmar. Seguiram-se os naturais gxh6 Qxh6. No entanto a luta estava ainda no início e era preciso consolidar o ataque.
Chegou-se à posição chave do encontro.
Ainda não consultei nenhum poderoso programa de xadrez mas penso que aqui fiz uns dos meus melhores lances desde que comecei a jogar xadrez na vida Rxe4!! Como se nota as pretas não podem tomar imediatamente a torre devido a Ng6#. Rxe4 é assim bom porque evita Re8 por parte das pretas o que poderia dar um bom contra-ataque, activando a torre na caça ao rei inimigo. Mas as pretas responderam com Nf8 e respondi com Qf7. Aqui parece que o meu adversário pode tomar a torre porque já não tenho Ng6#. Assim fez. E eu respondi com Bxe4?. Segundo a análise que fizemos Bc4! seria a continuação ideal e era o lance decisivo para vencer.
De acordo com a análise que fizemos no final, a única maneira das pretas aqui evitarem mate seria com Qxc4 o que levava a um final completamente desvantajoso para as pretas. Eu não joguei assim, o meu adversário foi me trocando as peças e desisti. Foi pena, pois por pouco que este não seria um jogo brilhante para mim.
7ª ronda - AC Alfenense A (7) 1-3 AX Gaia A (3)
José Pintor 0-1 Francisco Mateus
António A.Pintor 0-1 José Miguel Margarido
Francisco Assunção 1-0 André Mateus
António B. Pintor 0-1 Tiago Alves
Neste jogo defrontei um jogador que promete ter um bom futuro nesta modalidade. Prova disso são as excelentes prestações que tem vindo a ter ao longo dos últimos anos e os títulos que já venceu de forma categórica nos escalões jovens. Já havia defrontado este adversário na fase distrital do desporto escolar do ano passado, e na altura havia sido "passado a ferro" completamente. Hoje, com uma maior experiência, decidi jogar o gambito de dama contra este adversário (1.d4 d5 2.c4). Na etapa inicial o meu adversário exerceu uma boa pressão sobre o meu peão d no centro o que me obrigou a fragilizar um pouco a minha estrutura de peões com 2 peões dobrados em f mas com um flanco g aberto. Tive oportunidade de atacar por essa coluna forçando o rei adversário e ficar f8 bloqueando a entrada em jogo na torre em h8. Durante boa parte do jogo, o meu adversário teve um peão a mais, mas eu consegui colocar forte pressão no centro, com peças melhor posicionadas e com as torres dobradas no flanco d. Até que com um jogo equilibradíssimo, e com os outros jogos da mesa já terminados, muita gente que estava a assistir viu o momento do jogo.
As pretas já com cerca de apenas 3 minutos jogaram Bxf2. Este peão foi "oferecido" com o anterior Qd3 porque já vislumbrava o lance que iria fazer de seguida. Para Bxf2 respondi com Bxg6! As pretas, de forma pouco cautelosa, a meu ver, aceitaram o sacrifício com fxg6? e seguiu-se Qxg6+ Kf8 Rf6+ e as pretas não têm melhor do que darem a dama com Qxf6. Seguiu-se Qxf6+ Kg8? Rd8+ ganhando a torre dado que Rxd8 leva a Qxd8+ apanhando a torre em c7. O meu adversário desistiu após Rd8+ já com menos 10 minutos que eu no relógio.
Acabou assim por ser um dos meus melhores jogos de sempre na minha ainda curta carreira enxadrezística. O meu saldo individual neste distrital foi bastante positivo, uma vez que tive 5 vitórias e apenas 2 derrotas, e com adversários mais cotados e experientes. Quanto à equipa a classificação aqui se segue.
A equipa no AC Alfenense A posicionou-se no 7º lugar da geral. A nível colectivo, penso que a nossa classificação ficou um pouco abaixo daquilo que foi evidenciado nos tabuleiros. O facto de nós ficarmos a apenas meio ponto de distância de equipas com o Pontex B ou o AC Alfenense B, foi motivado por algum certo azar que tivemos nos emparceiramentos. Como podem ver, de entre os 8 cabeças de série, apenas não jogamos com o 4º que era o equipa do Profigaia A enquanto que outras equipas, adquiriram pontuações semelhantes, mas jogando com equipas da segunda metade da tabela. Isto levanta alguns problemas acerca da veracidade deste emparceiramento e o uso deste sistema nas provas semi-rápidas colectivas. Aqui impõe-se a questão se seria ou não vantajoso agrupar as equipas em grupos e apurar apenas algumas para uma fase final, tal como acontece na prova clássica distrital. As equipas não apuradas, disputariam uma outra "poule" para atribuição dos restantes lugares. Penso que assim a verdade desportiva prevalecia. Fica aqui a minha opinião para quem a quiser ouvir.
Já agora, quanto à classificação da etapa individual, o vencedor foi José Miguel Margarido, invicto, com um score perfeito de 8/8, logo seguido de André Mateus e André Ventura de Sousa, todos eles adversários que defrontei, tendo vencido dois deles (!). Quanto a mim tive de me contentar com um razoável 18º lugar e um 3º lugar no escalão sub-18.
Já agora, quanto à classificação da etapa individual, o vencedor foi José Miguel Margarido, invicto, com um score perfeito de 8/8, logo seguido de André Mateus e André Ventura de Sousa, todos eles adversários que defrontei, tendo vencido dois deles (!). Quanto a mim tive de me contentar com um razoável 18º lugar e um 3º lugar no escalão sub-18.
A competição regressa na próxima sexta-feira com o Distrital Individual Absoluto e a sua 1ª jornada. No dia seguinte disputar-se-à Distrital de Rápidas, colectivo e individual em Vila das Aves.
1 comentário:
Gostei dos jogos, e nestes tipos de torneios tem que se jogar mesmo assim, tentar alguns sacrifícios se se vir compensação. Neste último jogo, o sacríficio era óbvio, e também me parece óbvio que tomar aquele bispo não seria lá muito bom.
No jogo com o Emanuel Sousa, naquele sacrifício da Torre, se tivesses antes sacrificado o Bispo não era mais vantajoso? Porque a ameaça de mate mantem-se presente, e tens a ajuda do bispo no ataque ao Rei, por exemplo: 1. BxB Cf8 2. Cg6+ CxC 3. Dh3+ Ch4 4. DxC+ Rg8 5. Bg6 com um ataque forte. Mas claro que com pouco tempo não se vê tudo e o sacríficio da Torre dá grande vantagem na mesma.
Quanto ao formato do campeonato, a verdade é que uma reformulação seria uma boa ideia, pois a diferença de terminar 0.5 pontos à frente de uma equipa que só jogou com equipas abaixo do meio da tabela só se vai notar nos critérios de desempate.
No entanto, foi uma boa prestação de ambas as equipas, nomeadamente da equipa B com bons empates.
O formato que se recomendaria seria um do género do distrital de rápidas individual, sendo as equipas distribuidas por séries, que depois vai apurar a série dos 1os, 2os, por ai fora. A questão que se põe é o pouco tempo disponível, já que para se fazer um campeonato sem séries demora-se um dia inteiro para jogar.
Poderia-se reduzir o tempo a 20 minutos (perfeitamente jogável) e uma primeira série com 5 equipas, 4 jornadas, com as séries finais depois. Mas como eu não ganhei as eleições para a FPX não posso fazer nada xD
Vemo-nos 6ª
Abraço
Enviar um comentário