quinta-feira, 8 de julho de 2010

2ª e 3ª Jornada do Distrital Individual

O Distrital Individual prosseguiu esta semana com mais duas jornadas (2ª e 4ª feira). Na 2ª Jornada, coube-me defrontar Nuno Messeder Ferreira.
Foi um jogo extremamente disputado com uma ligeira predominancia das pretas ao nível da dominância em termos materiais e espaciais. Aqui fica o jogo para verem.
2ª Jornada - Francisco Assunção 1467 (22) 0-1 Nuno Messeder 1631 (13)

Na parte final nota-se bem que as brancas falharam algo. Com um sacrifício de um peão consegui dobrar as torres na coluna c e colocar forte pressão na sétima fila, atacando a dama. No entanto o meu adversário saiu-se com um lance curioso que tem um objectivo trocar peças: 29. ...Re1+?! Aqui respondi com 30. Kf2! o que é um grande lance pois ataca torre enquanto a dama está a ser atacada. Por excesso de confiança no meu ataque, e por achar que a dama estava bem em b3, decidi jogar, de forma precipitada 31.Kxg3??. Aqui larguei a pressão que estava a colocar na torre de e1. Se mantivesse a pressão com 31. Qxg3! ganharia a torre porque ambas rainha e torre estão atacadas. O excesso de confiança foi tal que eu achei que o meu rei estava seguro em h4 só passivel de resposta g5+ e Kh5. Naquele momento nem sequer me passou pela cabeça o mate. Perdi de forma bastante inglória, contudo o meu adversário pareceu mais regular.


Depois de ter ficado um pouco intrigado pela forma como perdi nos últimos dois jogos, parecia-me decidido para mudar o rumo dos acontecimentos.

3ª Jornada - Hugo Soares 1554 (26) 0-1 Francisco Assunção 1467 (22)



Defrontei o meu já mais que conhecido colega de equipa Hugo Soares. Como já previa que ele jogaria d4, por experiência própria, decidi estudar uma abertura que o meu adversário não dominasse tão bem a fim de apanhá-lo desprevenido. A minha escolha foi o Contra-Gambito de Albin, uma variante bastante ousada que tem como objectivo uma vantagem no desenvolvimento em contra-partida da perda de um peão. Foi o que aconteceu neste jogo em que a minha verdadeira vantagem iniciou-se quando recuperei o peão perdido. No entanto, era necessário consolidar a vantagem. 22... b5!? foi um lance surpreendente que tem como objectivo ganhar um peão, uma vez que as pretas não podem avançar nem capturar o peão dado que Ba2 encurrala a torre de b1. No entanto o meu adversário respondeu com um lance que na altura não vi mas que até nem me importei muito por não ter visto: 23. Bc6. Não demorei muito a nesse momento sacrificar a qualidade, em troca de dois peões passados, uma compensação bastante satisfatória. Para as brancas, nesta posição pedia-se 25 Rxc4! as brancas também sacrificam a qualidade e o jogo parece empatado. O jogo prosseguiu e cheguei a um final vantajoso de torre contra dois bispos. Os meus bispos bem coordenados, rapidamente teceram uma teia que limitou em muito os movimentos da torre adversária. Assim ganhei os peões do lado da dama e comecei a subir o meu peão passado de a. Este peão, ajudado pelos dois bispos, rapidamente, e até de forma surpreendente para mim na altura, conseguiu ser promovido ficando num final totalmente ganho de dama contra torre. Foi um jogo duro em que fui premiado por alguma ousadia tanto na escolha da abertura, como do sacrifício de qualidade em que consegui tirar vantagem.

Já com 1 ponto amealhado parto para a 4ª Jornada para defrontar Miguel Ferreira 1831 (9) de brancas.

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