Parti para esta ronda decidido que conseguia vencer o meu adversário. A minha escolha da Caro-Kann, talvez não tenha sido a mais ambiciosa, mas permitiu-me ir tranquilamente construindo uma vantagem. Essa vantagem chegou um pouco tarde, quando só restavam uma dama e um cavalo para cada lado, e tinha um peão a mais. O lance 34. Ne3? traçou um plano que apesar de parecer bom, não o era porque deu oportunidade as brancas de me atacarem o roque. 34 Nd6 seria um lance mais conservador apesar de ser muito menos atractivo. Pouco depois as brancas já haviam garantido o empate, resultado que naquelas circunstâncias não me satisfazia na totalidade.
Estava quase capaz de sacrificar o próprio rei para conseguir promover o peão, e quase que assim o fiz. Ofereci o cavalo e houve 2 ou 3 casos em que dava o peão ou uma das damas, que resultavam obviamente na derrota. O meu adversário, em apuros de tempo, desde cedo mostrou que ficava satisfeito pelo empate, e joguei muito na base disso. Também o facto do meu adversário se esquecer várias vezes de carregar no relógio, dava algumas esperanças de ganhar por tempo (houve uma vez em que se esqueceu quando só lhe restavam 2 minutos).
Nestes meus últimos 2 jogos tenho optado por sacríficios bastante duvidosos. Talvez por me andar a habituar demasiado a treinar tácticos, ou pela simples vontade de ganhar que tem ultrapassado alguns limites. O próximo jogo será bom para testar isso, já que o Hugo Soares é um jogador bastante conservador, que uma vez por outra não se importa de entrar por caminhos tácticos. Certamente que teremos mais um episódio interessante da nossa saga.
Lá na frente, ainda nada está decidido, já que o encontro entre Jorge Ferreira e António Silva terminou empatado. A próxima ronda é na sexta-feira.
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